Romero Jucá recebeu nesta quarta-feira (3) em Brasília, representantes do poder legislativo municipal de Boa Vista, em Roraima. Os vereadores Zélio Mota, Mirian Reis, Pastor Jorge, ítalo Otávio, Genival da Enfermagem e Rondinelle Tambasa estiveram presentes na reunião.
No encontro foram tratados temas como melhoria dos serviços de saúde, segurança pública, programa Mais Médicos e a migração venezuelana. Os vereadores estiveram em Brasília para uma série de audiências com autoridades federais para tratar da questão da migração e políticas públicas para a capital do estado.
“Estamos fazendo um trabalho para dar visibilidade a Boa Vista, assim, além de reuniões, trouxemos também documentos para protocolar no senado. Passamos pela comissão de assuntos sociais, na CCJ, vamos passar na comissão de assuntos exteriores, vamos conversar com o presidente do Senado, para falar sobre as políticas públicas do nosso estado”, reforçou o vereador Ítalo Otávio.
Relatório divulgado esta semana pela Polícia Federal mostra que entre 2017 e abril de 2019, Roraima recebeu mais de 262 mil venezuelanos. A maior parte permanece na capital onde estão concentrados os principais serviços públicos.
Mesmo com o trabalho de abrigamento feito pelo Exército que coordena a Operação Acolhida, o aumento no número de imigrantes têm gerado reflexos na qualidade do atendimento à população brasileira.
“O Governo Federal tem que colocar em prática medidas efetivas urgentes. Estamos arcando com todos os problemas da imigração sozinhos, os custos para manter essas pessoas aqui são do Governo do Estado e das prefeituras. O governo Federal ainda não ajudou os poderes do Estado com nenhum recurso a mais para atender aos imigrantes”, destacou o vereador Zélio Mota.
Em Boa Vista, a Prefeitura já atende a mais de 2,4 mil alunos venezuelanos na rede municipal de ensino. No Hospital da Criança, o número de pacientes venezuelanos atendidos saltou de apenas 66 em 2016 para 11.764 em 2018. Em Caroebe, município do Sul do Estado, de cada 10 atendimentos realizados na rede municipal de saúde, seis são a imigrantes venezuelanos.
“Qualquer ação que beneficie Boa Vista, forçosamente beneficia os outros municípios do interior que também sentem os efeitos da crise migratória. É um problema humanitário que precisa ser enfrentado com muita seriedade”, disse Jucá.
