por Patrícia Alba*
Diante da exaustão das contas públicas, desafio urgente para o pós-pandemia, aumenta a necessidade de somar criatividade aos modelos de gestão. Buscar soluções diferentes e inovadoras para os problemas de sempre e, assim, qualificar os serviços ao cidadão, sendo efetivo no atendimento de suas demandas.
Mas não será com as fórmulas habituais que isso acontecerá. É preciso envolver múltiplas visões de mundo. E isso passa obrigatoriamente pela equidade de gênero: apesar dos avanços históricos, ainda somos poucas na composição dos espaços de poder. Enquanto na sociedade observamos a ascensão de mulheres nas universidades, instituições e empresas, a política retarda a busca do equilíbrio dos pontos de vista. E isso impacta negativamente a vida de cada um de nós. Não há dúvida: quanto mais mulheres tivermos nas posições decisórias, mais a sociedade estará plenamente representada na democracia. Somos protagonistas de um olhar próprio de zelo, cuidado, empatia, acolhimento e escuta. Mais do que nunca, a política necessita disso. Ampliar a participação feminina na política é, portanto, ponto de partida para uma gestão de excelência, agregando novos olhares, vivências e experiências.
Antes de partir para o mirabolante, a boa política deve atingir seu objetivo de verdadeiramente espelhar a população. Esse é o objetivo que norteia o MDB Mulher, que busca expandir a participação feminina na vida pública. Em pequenos passos, notamos o resultado do trabalho. Além de sermos a sigla que mais elegeu mulheres no último pleito no Estado, agora diversos quadros estão assumindo a liderança de câmaras municipais nas mais diversas regiões. Se em outros ambientes, a equidade de gênero já avança e gera resultados incontestáveis, por que não ampliar a presença feminina na política? Isso será decisivo para qualificar a gestão pública e a representatividade social. Nossa força, nosso olhar e nossa competência vão fazer a diferença. As cidades, o Rio Grande e o Brasil precisam de nós.
*Deputada estadual e presidente do MDB Mulher RS
** Artigo publicado no Jornal Correio do Povo edição de 18 de janeiro de 2022