O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi confirmado em Convenção Nacional como candidato do MDB à Presidência da República nas eleições de 2018. Ele recebeu 357 (85%) dos 419 votos depositados nas urnas. Houve 56 votos contrários, e 6 brancos.
Ao confirmar o nome de Meirelles para disputar as eleições presidenciais, a convenção autorizou ainda que a Executiva nacional do MDB possa deliberar sobre coligações com outros partidos.
Em seu discurso, Henrique Meirelles agradeceu o apoio de sua família e dos convencionais. E falou sobre suas propostas de governo, com ênfase ao setor da economia, afirmando que é preciso resgatar a confiança no Brasil e gerar emprego. “Me coloco à disposição do Brasil para ser o elo de reconstrução do espírito de confiança que deve contagiar todos nós”, disse.
Como base de suas propostas, o candidato emedebista lançou o que chamou de “pacto pela confiança”, que segundo ele vai fazer o Brasil “mais forte, mais justo, mais integrado mais humano, mais seguro”.
Para isso “é fundamental adotar a política econômica correta para o país crescer, e depois levar adiante uma agenda de reformas visando garantir que o Brasil produza mais e melhor”, afirmou.
Meirelles informou que já apresentou 15 propostas ao Congresso Nacional, que serão prioridade no seu governo. “Minha meta é fazer o Brasil voltar a crescer 4% ao ano, como aconteceu quando fui presidente do Banco Central durante 8 anos”.
O candidato falou também sobre suas propostas na área social, com destaque para ações que visam ampliar e melhorar o programa Bolsa Família.
“A resposta é criar oportunidades. Por isso eu quero levar muito mais dignidade às famílias e vamos complementar o Bolsa Família criando o Cartão da Família, com recurso e crédito para que possam correr atrás dos seus sonhos e se tornarem independentes. Crédito é confiança, e eu confio nos brasileiros. Como fazer: chama o Meirelles”, concluiu.
POSIÇÃO HISTÓRICA
O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá, disse que o resultado da convenção do partido representa uma posição histórica. “Havia uma correte que gostaria que o MDB não tivesse candidato. Mas o maior partido do Brasil e com a história do MDB, não poderia se acovardar e deixar o rumo incerto para o país trilhar”.
Jucá disse também que o MDB já está diante de um novo desafio. “A perspectiva das eleições de 2018 – com posições ideológicas equivocadas, populistas, autoritárias, irresponsáveis, despreparadas – joga o Brasil neste momento numa área de instabilidade muito grande, sem saber o que vai acontecer no próximo ano. E nós aqui, hoje, estamos dando um posicionamento e o rumo, entregando ao país o melhor nome que poderíamos entregar para disputar a Presidência da República. Um nome preparado, honrado e que não tem medo de colocar e debater as suas ideias”.
AS GRANDES REFORMAS
O presidente da República, Michel Temer, afirmou que Henrique Meirelles “tem o projeto de levar adiante as grandes reformas” iniciadas em seu governo.
“Nós os emedebistas temos de votar num projeto, especialmente um projeto conduzido por uma figura inatacável, uma figura aprovada, que já demonstrou competência e que sabe o que faz”, ressaltou. Temer afirmou ainda que “o MDB é feito de gigantes, e o gigante que vai nos conduzir é o Meirelles”.
Falando sobre a história do MDB, Michel Temer disse que o partido sempre esteve à disposição do país.
“Quando nós precisamos recuperar a democracia no Brasil, quando nós precisamos constituir um novo Estado, o MDB esteve â frente dos acontecimentos. Quem esteve à frente dos programas sociais, embora não estivesse à frente do governo, foi o MDB. Quando se pensou em controlar a inflação, que deu apoio no Congresso Nacional foi o MDB. E agora, que nós chegamos ao governo, pela primeira vez nós aplicamos um programa, que é a Ponte para o Futuro, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães.