Tesoureiro-adjunto é o cargo ocupado pelo deputado federal Raul Henry (PE) na nova Executiva Nacional do MDB, eleita no dia 6 de outubro em Convenção Nacional. De acordo com o estatuto do partido, a função exercida por Henry é “auxiliar e substituir o Tesoureiro na ausência ou impedimento deste”, cobrindo neste caso, todas as funções exercidas pelo Tesoureiro.
Henry filiou-se ao MDB em 1988. Foi vice-prefeito de Recife (PE), deputado estadual mais bem votado do estado nas eleições de 2002 e vice-governador de Pernambuco em 2014. Já foi deputado federal e está de volta à Câmara para seu terceiro mandato.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista:
-Deputado, qual a importância dessa renovação democrática para o partido neste momento?
O MDB tem uma bela história na resistência democrática. Nos últimos anos, no entanto, o partido ficou muito marcado pelo estigma do adesismo e do fisiologismo. Acho que essa renovação, da forma como se deu, sinaliza claramente a busca de uma nova identidade política, comprometida com valores democráticos e com o desenvolvimento econômico e social do país, com independência e sem a procura de benesses ou vantagens do governo.
– O que representa a chegada do deputado Baleia Rossi à presidência do MDB?
Representa a chegada de uma nova geração no comando do partido e também a de um líder que expressa a unidade partidária em uma legenda tão plural como é o MDB. Essa unidade é resultado da habilidade, do talento e da maturidade política do deputado Baleia Rossi.
– De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o MDB tem hoje 2,3 milhões de filiados. Como a nova Executiva vai trabalhar para se manter próximo a militância?
Acho que a executiva deve utilizar os novos instrumentos da Tecnologia da Comunicação para estreitar a relação com esses filiados. É muito importante, também, enfatizar, nessa relação, a nova identidade que queremos construir.
– Quais são as suas ideias para o futuro do partido?
No plano programático, penso que o partido deve apoiar um conjunto de reformas econômicas que podem preparar o país para o futuro que merecemos ter. Devemos, também, erguer algumas bandeiras cruciais como a da educação pública de qualidade e a do enfrentamento às desigualdades, grande chaga da história do Brasil.
No plano mais prático, precisamos fortalecer o partido para as próximas eleições municipais. Elas serão o grande teste para a nova direção nacional, depois de 2018, quando a bancada federal foi praticamente reduzida à metade.