O Congresso Nacional deverá fazer uma contagem paralela dos dados da pandemia do coronavírus, para garantir a transparência das informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde. A sugestão foi apresentada pelo líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), e pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), na reunião de líderes desta segunda-feira (08) e é uma resposta à polêmica criada pela alteração da metodologia de divulgação dos dados pelo Ministério da Saúde.
“Transparência é fundamental no enfrentamento dessa pandemia. Defendê-la é proteger a democracia”, afirmou Eduardo Braga, lembrando que, sem informações precisas sobre a evolução da Covid-19, não há como traçar diretrizes e estratégias eficazes para frear o contágio e orientar a população. O parlamentar salientou, ainda, que, num país democrático, a transparência das informações públicas é um dever do Estado e um direito de cada cidadão.
De acordo com a proposta apresentada pelo líder do MDB e apoiada integralmente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, os dados consolidados das Secretarias Estaduais de Saúde sobre a evolução do número de mortes e dos casos de contaminação no país serão divulgados pela comissão mista de deputados e senadores criada em abril para acompanhar as ações do governo após o decreto de calamidade pública. A comissão é presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB/RO).
Caos – Nas redes sociais, o senador pelo Amazonas deu um recado duro sobre a confusão criada em torno dos dados da pandemia no Brasil. “Semear a desinformação é semear o caos. É confundir a população, é impedir a construção de uma estratégia eficaz no combate à pandemia. Transparência nas informações públicas é dever do Estado e direito de cada cidadão”, publicou Eduardo Braga.
O senador lembrou ainda que a falta de transparência abala a credibilidade do Brasil no exterior, colocando em risco a própria economia nacional, a oitava do mundo. Além de adiar o anúncio do balanço diário sobre a pandemia para as 22 horas, dificultando sua divulgação pela imprensa, o Ministério da Saúde chegou a omitir em seu site oficial o número total de mortes e contaminados no país e a postar números desencontrados sobre a evolução da doença.
Assessoria de Imprensa