O plenário do Senado Federal iniciou nesta quinta-feira (10), o cronograma das três sessões deliberativas obrigatórias que antecedem a votação em segundo turno da proposta da Reforma da Previdência. Com ida de uma comitiva de parlamentares para a cidade do Vaticano, a previsão é que a proposta seja aprovada em definitivo pelo Senado, até o dia 22 desse mês.
Por se tratar de um conteúdo que afeta diretamente a vida de todos os trabalhadores brasileiros, existe muita polêmica em relação ao texto apresentado. Desde o início dos debates, o MDB defende a manutenção da aposentadoria daqueles que recebem os menores valores, como os trabalhadores rurais e beneficiários do BPC, conseguindo manter direitos já assegurados a essas categorias.
Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, conquistou posição de destaque ao conduzir a tramitação do projeto.
Para ela, é necessário que o Congresso Nacional vire a página da Reforma Previdência e tenha condições de avaliar outras propostas com real potencial para promover a geração de emprego e renda, como a Reforma Tributária de autoria do deputado federal e presidente Nacional do MDB, Baleia Rossi.
“A reforma é dura, mas necessária, e aprová-la é o menor dos males, um passo a mais, uma janela para a saída da crise brasileira, que exige ainda ações no pacto federativo e na reforma tributária”, afirmou.
Tebet também rebateu a ideia de que esteja havendo negociações de emendas para aprovar definitivamente a proposta. Segundo ela, a reforma deve passar sem mudanças em relação ao primeiro turno, porque não é possível mais incluir emendas de mérito.
“Meu voto é por convicção. Temos que virar essa página porque ela não é a solução para o país, ela resolve um problema interno fiscal, de finanças, de contabilidade, de receita. Mas, a Reforma da Previdência não resolve o problema de geração de emprego, de renda, de desigualdade social”, destacou.